Balanço do final de ano no meio das férias! Será que isso vai dar certo?

É estou de férias ! Época de final de ano, de festas, de amigo secreto, de rever a família e reencontrar velhos amigos! Eu e o marido nos esforçamos muito para fazermos essa viagem, graças a Deus, conseguimos! Nosso pequeno parece um pinto no lixo de tanta felicidade.

A única coisa que ele quer fazer é brincar na casa das avós com os primos. A vida pra ele se já era uma festa aqui no nordeste então, ficou melhor do que farra de domingo sem precisar ir à escola no outro dia...

Estou descansando, me divertindo, encontrando pessoas e matando a saudades daqueles que amamos. Aos pouquinhos conseguiremos realizar nossos projetos de férias no Brasil .

Mas vou falar uma coisa, o Brasil está pegando fogo, literalmente! Não tem uma só alma que não reclame do calor infernal que assola o país! Sou nordestina e nunca neguei isso, mas confesso que esse calor muitas vezes me deixa mole, e desanimada. Portanto, só praia e água de côco pra gente relaxar, né?

O ano está no finalzinho, o facebook cheio de mensagens e mais mensagens... 2012 pra nossa família foi de profunda transformação, desde de janeiro cada mês que passava era uma conquista e um obstáculo a menos. Um ano de muitos ensinamentos, de muitos presentes também. Começar de novo, do zero não é fácil, mas estamos gostando sim!

Casa nova, escola do Gui nova, trabalho do marido novo, faculdade nova, projetos novos, até amigos novos conquistamos. Desses, sinto muita falta aqui nessas férias, pois eles entendem direitinho o que estou vivendo seja lá ou aqui no Brasil! Dois mundos tão diferentes e apaixonantes, cada um a sua maneira. É impressionante como esses novos amigos entram e se instalam na nossa vida, hoje fazem partem da nossa historia, e a cada dia nos ajuda a entender o melhor dos dois mundos.

Adoro meu país, amo minha cidade natal, e agradeço à SP que me acolheu quase 8 anos, período do qual só tenho alegrias. Mas essa viagem de férias me fez perceber o quanto já sou turista por aqui e percebo o quanto vejo o mundo ao meu redor com olhos diferente.

Bem, 2012 foi literalmente o ano de mudança , espero 2013 com força e determinação para concretizar todos os projetos que estão em minha cabeça. Tenho muita coisa pra fazer, mais ainda pra aprender. quero e vou lutar por cada coisinha que desejei, pode apostar!

Bj e Feliz Ano Novo!

A vida sem amigos não tem sentido algum!

Esses dias enviei um email para minhas amigas de infância, as quais tenho contato até hoje. Cada uma de nós tomou um caminho, na busca constante de achar a tal felicidade, seja no âmbito amoroso ou profissional. Sempre fomos diferentes umas das outras, mas sempre, sempre mesmo, respeitamos as opiniões e loucuras que cada uma de nós fizemos ou pensamos. Afinal, se fossemos todos iguais o mundo seria muito chato né? 

Hoje estamos todas casadas, com filhos, planos, projetos, valores que carregamos e os modificamos ao longo da vida. Estamos separadas geograficamente, apenas geograficamente, mas a magia de ter amigos de infância até a fase adulta é justamente essa. Exercitar esse amor, mesmo não fazendo parte  do cotidiano da pessoa. Utilizando recursos da nossa própria memória. Uma lembrança gostosa das coisas que fazíamos juntas. Esse ano tivemos experiências novas e diferentes, cada uma de nós passou por situações difíceis, e complicadas, porém até agora, buscamos o ideal da vida diante dos altos e baixos que ela nos proporciona. 

Abaixo segue um finalzinho do meu email que mandei pra elas: 
“...Li esses dias em algum lugar , que amigo não precisa  estar ao lado para justificar a lealdade. Amigos são para toda a vida, ainda que não estejam a vida inteira. Acho que é por aí!!! Muitas vezes não estamos perto uma das outras, participando do cotidiano, mas estamos sempre uma dentro da outra, seja em pensamentos, desejos, vibrações, e etc.
Bj meninas, saudades, muitas saudades.  Sempre torço por cada uma de vocês, obrigada por fazerem parte da minha história, mesmo longe vocês são referências pra mim, de força, determinação, perseverança e principalmente de AMIZADE”.

O conto de fadas acabou! E agora?

É, eu sei, andei sumida mesmo. Nao foi de propósito, mas estava atolada de coisas pra fazer , pensar e concretizar. Provas, compromissos sociais, filho doente, programar as férias, viagem aos E.U.A, filho doente de novo e agora com a cabeça costurada... Isso mesmo a última do Guilherme foi cair e precisar de 2 pontos na cabeça. Fazer o quê né? Fale a mãe de menino que nunca viu seu filho estropiado? Ou ainda, qual o menino que nao tem história pra contar seja das quedas ou das artes que deixam as mamães de cabelo em pé? Bem, o meu já começou.

Mas voltando ao assunto, o inverno por aqui já chegou, diz a lenda que ainda estamos no outono, isso aqui pra mim já é a geleira total ; sinto frio é fato! Vamos ver se sobreviverei a esse inverno as variações de -5 a 5 graus nao estão sendo nada fáceis. Mas de novo : fazer o quê né?

Neste momento, estou no alto dos meus 7 meses aqui no Canadá , já percebi um pouco como as coisas funcionam por aqui, e as que nao funcionam também, e com isso estou tentando viver da melhor forma possível. É notório a qualidade de viva e a inexistência de violência. Outro dia eu e o marido , vimos um carro de polícia em alta velocidade com sirene ligada. Pensamos: Meus Deus! Deve ter um gato em cima de uma árvore. Só pode!

A adaptação não é fácil, mesmo sem querer fazemos comparações daquilo que sentimos falta. Mas volto a dizer: morar fora nao é nada impossível, mas é dificil, sim! Uma nova casa, uma nova cor preferida, novos amigos, novos pratos prediletos, novos costumes, tudo é novo de novo.

Mas é certo que só o tempo dirá quais os destinos iremos percorrer! Afinal, para onde o vento nos levará? E qual o melhor caminho a seguir? Dá um ponto final nas coisas que nos fazem mal e definitivamente virar a página, foi um dos nossos projetos. Ainda assim não é facil comecar do zero, sair da zona de conforto, mas compramos passagem só de ida. Lembra? A vida é feita de escolha , fizemos a nossa. Ainda nao estou arrependida.

O Bilinguismo do Guilherme, será?

O início das aulas, pelo menos aqui!
V
Hoje a conversa será sobre a figurinha que tenho aqui em casa... Pois é, criança em casa é resultado de uma história nova a cada dia , e por isso resolvi compartilhar com vocês um pouquinho da minha corujisse.

Vamos lá:

É sabido que criança aprende rápido, e que são umas esponjinhas, mas vivênciar isso , juro que está sendo um pouco louco e bastante confuso pra mim. Mesmo assim a peça rara que tenho em casa , já mostra total desenvoltura, com o idioma seja ele inglês ou francês. Onde ele aprendeu? Não sei ... Sei que comigo não foi!! Só pode ser a televisão.

Duas conversas para explicar melhor o que estou dizendo.

Alguns dias atrás:
Mãe desesperada: Guilherme vem comer!
Filho bilingüe : I' m coming
Mãe alucinada: o quê? Que diabos esse menino tá falando? Guilherme já disse pra vir comer.
Filho totalmente descansado: eu já disse I'm coming!!
O pai chegou no exato momento do meu desespero e me disse: calma, ele esta te dizendo " estou indo". Rsrsrsrs
Como assim ? Eu nunca falei isso!?

Outro dia estávamos caminhando (mãe e filho) e o pequeno disse : mãe, olha o ônibus .
Eu: isso mesmo ônibus. E como fala ônibus em francês?
Filho : não sei.
Mãe : autobus
Filho : autobus não , mãe o nome certo é : olha pra minha boca: ô-ni- bus! Entendeu? Repita.
A mãe boba: ô-ni-bus!
Filho: Very good, mami!!
A mãe: ah? Jesus, socorro!!kkkk

Merci, bonjour, ça va bien, já são corriqueiras, da mesma forma como exactement, I did it e I gotcha. Números ? Em inglês e francês  ja são normais pelo menos até 10 ...eu acho até que ele esqueceu os números em português , o que será um problema futuro!

Uma vez assistindo desenho animado, um personagem falou pro outro: comment tu t'appelle?
O Gui sentado no sofá respondeu: eu me chamo Guilherme.
Pior ainda é quando peço alguma coisa pra ele e ouço a resposta em dois idiomas:
Pas du tout ou ainda no way, é mole? E sempre resposta negativa, né?

Hoje, dia 4/09/2012 ele começará na escolinha e com isso as coisas vão melhorar, pois acredito eu que ele começará a entender que em casa se fala um idioma e na rua outros.
Veremos! Bj. 

foto abaixo ele interagindo com  os amigos assim  que chegou na escolinha!

O Tempo Passa

Oi pessoal, andei um tempinho sumida mesmo! Estamos no auge do verão e por conta disso, quem acompanha o facebook sabe que estamos na rua o tempo inteiro. Calor é pouco para o que senti e sinto aqui... Nunca pensei que uma nordestina iria reclamar do calor, como fiquei no inicio do mês de agosto aqui!

Mas enfim, Praia, piscina, parques, passeios de bicicleta tudo isso e muito mais, também é cansativo, ainda temos alguns aniversários, e estudar as programações do outono, afinal precisamos ter atividades em todas as estações do ano. Aqui tem o costume de tudo ser sazonal, ou seja, todas as atividades gratuitas ou à preços camaradas acontecem pelas estações do ano. Então bora bora né?

As coisas vão melhorar tenho certeza disso, na verdade já estão... Passei um período um pouco estressada, os dois meses e meio até os três meses e meio foram difíceis e angustiantes, só Freud explica, mas acredito , que tenha sido a instabilidade do começo, a correria para tirar documentos , procurar curso pra mim, escola do Guilherme, arrumação de casa enfim , a adptação mesmo. Problemas que todo mundo passa, ou pelo menos deveria, afinal como próprio título diz: o tempo passa!!!! 

No mais, estou me organizando, me preparando para uma nova etapa, que iniciará em setembro: à volta as aulas de mãe e filho, kkkkk

Bj a todos!

Dirigir nunca mais!!!!

Bem esse post será curtinho, prometo. Estou as portas dos 3 meses de aventura nas terras geladas. E como já havia dito documento que faltava era à carta de motorista daqui (permis de conduire).

Estava marcado terça feira 03/07, saí 3 dias antes com o marido para praticamente decorar o caminho, rsrsrs . Pois bem : chegamos no horário, dia de sol, calor, tudo certinho, mas o que aconteceu ? O carro entrou na reserva na hora que ia sair com o examinador, exatamente, a luzinha acendeu e por conta disso não fiz a prova e tive que remarcar.
A notícia ruim é que à próxima vaga era pra final de agosto, à notícia boa é que tinha para o dia seguinte, havia uma desistência, o problema é que era  na cidade vizinha (Lévis). Meu Jesus!! Melhor que nada né?

Lá fui eu, ou melhor nós, marido e filho, praticamente viajar pra fazer à tal da prova. Acordo pela manhã e confiro o tempo: dia frio, chuvoso, tudo que eu precisava. O percurso desse lugar, nem vou falar, pois nem a cidade conhecia.

A prova daqui é difícil? Não, mas é chata, muito chata. E tive que aprender muitas coisas que no Brasil é terminantemente proibido. Colocar a mão no banco do passageiro engatar a ré e virar o pescoço pra olhar pra trás, é uma delas, outra que me deixou louca é olhar o tal do ângulo morto, quase perdi o pescoço de tanto que virava... Rsrsrsrs

Mas enfim passei, graças a Deus, um problemas à menos, agradeço ao marido que mesmo sem paciência e com bastante gritos me ajudou muito.  Estou tão feliz que no final de tudo disse: ótimo, já tenho carta , não preciso dirigir nunca mais kkkk (quem me conhece sabe que não gosto de dirigir)

A compra do carro!!!!

É pessoal, o próprio título já diz, compramos um carro sim. Usado claro, mas acho que bem legal, bonzinho e tudo mais. Porém a questão do post é outra, como se programar para a compra do carro?

Como não tínhamos carro, o maridão decidiu fazer, várias e várias pesquisas na internet, olhando sites, verificando preço, o que acompanha o carro essas coisas. Na ultima sexta, no final do dia, alugamos um carro, com a finalidade de no sábado ser o dia da peregrinação. Saímos de casa animados e munidos com toda tonelada de papel da pesquisa de internet. E o que aconteceu? Percebemos na primeira loja que todas as agências, concessionárias seja lá o que for, estavam fechadas. O quê? Isso mesmo, fechadinha da silva... No primeiro, momento ficamos irritados, (pelo menos eu fiquei) afinal aluguei um carro para ver carros, fazer orçamento, pesquisas essas coisas, e no máximo o que conseguimos foi olhar vitrines... Mas depois concordo que foi engraçado, nos prepararmos e esquecermos de olhar por força do hábito claro, o horário de funcionamento, nunca me passou pela cabeça que no sábado era fechado!

O que fizemos? Primeiro percebemos que a qualidade de vida é primordial por aqui. Você quer trabalhar aos sábados? Pois é; eles também não. Aproveitamos para passear de carro, era a única coisa a se fazer! Descobrimos que eles fecham as 21: hs durante a semana, então na segunda feira saímos com um casal de amigos, (aproveito para agradecer a Giselle e Guilherme Rattes) para efetuarmos de fato aquela nossa pesquisa, lembra? Portanto, carro visto na segunda, comprado na terça, marido correu com o seguro, e na quarta (ontem) à noite estávamos motorizados. Se o carro é bom? Não sei. Mas deve ser melhor do que andar de ônibus né? Qual a marca, ano, o que tem ou não, essas coisas também não vou falar não, não entendo e sinceramente, não quero saber não. O importante agora é que por algumas horinhas vou aposentar meu cartão do ônibus ...

Bj segue a foto meio turva da nossa mais nova conquista, depois o marido coloca no face foto, marca, acessórios ...etc

Fica o recardo a cada dia, esse não é o seu país onde você sabe como tudo funciona, olhe sempre tudo, onde, como, a que horas, assim, não será pego de surpresa, kkkkkk.

Dias dos Namorados Made Brasil, né?

O Silvio é mais que um sonho, ao seu lado, pude aprender, crescer e compartilhar várias e várias coisas. Sabia que tinha de ser com ele a minha vida, se não, não seria amor.  Uma vez perguntaram pra ele se em um determinado momento, de uma história que ele estava contando, se ele já estava comigo, ou se foi antes de namorarmos, e ele respondeu: "nessa época já estava com Denise, na verdade eu nem lembro o que fazia antes de estar ao lado dela! Muito legal, eu achei! Tudo bem que ás vezes parece que somos dois velhos. (acho que somos, mesmo kkkk). 

Tudo isso não é apenas costume, rotina, hábito ou coisa parecida, mas sim, uma vida juntos, sempre em sincronia, compartilhando afinidades, desejos e sonhos. Acho que posso parafrasear a música e dizer que: sem você, Silvio, meu mundo é diferente, minha alegria é triste...Muitas vezes eu me vejo através dos olhos dele, é maravilhoso e por isso, ele é o meu norte, minha vida! 

“Amar alguém é viver o exercício constante de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse.” Pe. Fábio.Acho que é isso, as vezes brigamos, e esquecemos que nos apaixonamos por aquela pessoas daquele jeitinho, igualzinho, kkkk. Estarei sempre ao teu lado, seja onde for! (mas, por favor, comece a sonhar com lugares mais fáceis ok?). Tenho certeza de que nós não nos encontramos por acaso.

Bj te amo cada dia mais.

Dois meses no Canadá

É ... passaram- se 2 meses de mudança, o mais legal é que consegui sobreviver durante esse periodo de forma bastante gloriosa. A vida fora do país de origem, não é nada fácil, mas ao mesmo tempo, pra nós aqui de casa, não está sendo nada traumático. Resumindo: difícil é , mas não é impossível, é apenas cansativo e desgastante... Confesso que algumas vezes me dá desespero dessa incerteza inicial, tenho uma amiga que diz que estamos nascendo de novo, e pra isso precisamos conhecer o local, acostumarmos com ele, aprender novas coisas,  enfim  a chamada " adaptação" não é mesmo?

Durante esse tempo, meu Marido, muito Bonzinho, a cada dia chegava em casa com uma lugar  diferente, seja repartição pública pra tirar documentos, seja banco pra reoorganizar as senhas, lugares pra fazer a tradução dos diplomas, sem falar da montagem da nova casa, ufa! Cada dia eu tinha uma tarefa pra fazer, e sozinha. Ou melhor, minha companhia predileta o pequeno Guilherme. (Gente como é cansativo e difícil resolver coisas com  uma criança!?)

Mas o Guigui é um capítulo à parte , pois nesses primeiros meses, ele fez de um tudo. Falou com gente que não conhecia, fez pouco das pessoas quando elas falavam com ele em francês, aprendeu algumas palavras novas, no novo idioma, parou com a idéia de que o pai iria fugir, ficou teimoso, irritado, e impaciente, com o periodo de compras e resoluçao de problemas e/ ou tarefas que eu tinha que fazer na rua. Reclamou que não queria mais andar de ônibus, tudo, tudo mesmo... Mas no geral se alegrava todas as vezes, (todas as vezes mesmo) que o Pai entrava em casa.  Final de semana entao é uma farra, fala o tempo todo que nos ama e que vamos ficar juntos pra sempre( será que traumatizamos o menino?kkkk provavelmente não!) 

Documentos consegui todos. Ops! Falta a habilitação... É não passei no teste teórico , vou ter que fazer de novo, o que mais me preocupa é que o teórico eu não passei imagina o prático?  Mas vamos resolver um problema de casa vez. Fiquei muito feliz pois o marido passou e já esta ok para dirigir aqui, com isso vamos procurar comprar um carro , isso é muito bom e tornará a vida mais fácil e menos cansativa.

Começarei meu curso de francês no segundo semestre, na mesma época em que o Gui vai para a escola( que aqui chamam de garderie) marido continua no trabalho e buscando uma alternativa pra estudar a noite seja francês ou inglês. Portanto, vamos aproveitar bastante o verão, que depois dele todos teremos tarefas definidas. Estudo e trabalho pra todo mundo. Percebemos que com isso, tudo vai ( aos poucos) tomando seu rumo.

Fazendo uma análise, desses dois meses, posso dizer que estou bem, que estamos felizes, casa montada, planos pra realizar, e o mais importante:cada vez mais unidos... Se será bom ou não essa jornada, ainda não sei, até agora a única certeza é que: só o tempo nos dará as respostas. Para nós nos resta apenas esperar.

Família Feliz

O que é ser mãe?

É um exercício diário. Ser mãe ultrapassa, transcende qualquer expectativa seja ela  de amor, carinho afeto, de bicho onde a busca é sempre zelar e proteger sua cria. Eu babo e continuarei babando, adorando participar, presenciar e perceber o crescimento do meu pequeno, desejando que ele seja um monte de coisa, projetando vários sonhos de pais, que não podem ser levado a sério, ( pois cada um tem o direito de ser e sonhar o que quiser) mas acima de tudo que ele seja uma criança, um menino, um homem, um cidadão feliz!

Ser mãe preencheu um vazio do qual eu nem sabia que existia. Eu pensava que tudo estava certo, que não precisava de mais nada... e no entanto, hoje nem sei o que seria da minha vida sem a alegria de ter um filho. Pra mim, foi isso, espero que pra todo mundo seja assim, ou algo parecido, pois mesmo que esse misto de sentimentos seja algo criado pela nossa (minha) cabecinha, quem disse que não é bom sentir isso? Imaginar todas essa coisas e pensar e/ou sentir todas elas faz muito bem pra alma!!!

Ter filho dá trabalho, nem vou falar aqui dos problemas e preocupações, essa não é a intenção do texto, pelo menos não desse. Mas sei que muitas vezes falo qualquer outro idioma que não o dele, pois só tenho essa explicação para ele não me atender. Mas é prazeroso, gratificante perceber, cada passo, cada sonho, cada conquista. Ser mãe de menino então é ter sempre um admirador e um protetor ao mesmo tempo.

Meu pequeno no mês passado completou 3 aninhos, me acorda todos os dias sem exeção com um beijo associado a um susto, dizendo que dormiu bem, e que me ama, e logo em seguida uma frase clássica dele : "mãe tá na hora de velantar" Isso realmente não tem preço! Hoje li uma frase de uma amiga que dizia: “Se tem algo no mundo que traga mais felicidade que um filho, eu não conheço”. Não é que é verdade?

Desespero- nada fácil morar fora- menos de 30 dias!

A vida fora do seu país de Origem não é fácil, mas tem suas vantagem...estou imersa a outro idioma, costumes, cultura, forma e jeito de pensar e de agir, aos poucos começamos a entender como as coisas funcionam.

A parte boa é mutio fácil,gostar e aprender a lavar louça em máquina de lavar, pegar um paninho passar no local e perceber que já ficou limpo, é show de bola, usufruir de um transporte público que passa no horário certo, nem um minuto a mais nem a menos parece um sonho realizado.

Mas a outra parte também existe, e aos poucos percebemos que tudo na vida tem um preço e que principalmente precisamos realmente verificar pesos e medidas e saber até que ponto vale viver de uma outra forma da qual estávamos acostumados.

Veja bem, não estou reclamando, não tenho tempo pra isso ainda, tudo aqui no meu ponto de vista ainda é novidade e muito legal (com exeçao do frio, que nem peguei, mas sei que vou reclamar) mas sabemos dos momentos dificeis, tristes, sozinhos, em uma terra distante. Me pego várias vezes pensando; isso no Br não funciona assim, ou o contrário lá,  isso é bem melhor...

Nisso eu ainda preciso mudar, mas não terei pressa, pois faz um pouco mais de 20 dias que chegeui, ou seja muita coisa do BR está impregnado. Comida então nem falo, costumo dizer que as pessoas daqui não tem paladar, e até aquelas que moram aqui há algum tempo perdeu. 

Meu marido mesmo , me falou de um suco que era bom(na opiniao dele) e o suco é muito artificial, ou uma lanchonete que fomos com alguns amigos dizendo que é uma das melhores; gente sem comentários, é melhor não falar nada... Ruim não tava, mas já comi melhores milhões de vezes... Isso é muito pessoal e questão de hábito.Maridão tem 3 meses aqui e já está mais adaptado do que eu em relaçao a comida.

Esses dias provei aquele mesmo suco de semanas atrás e "voilá" diante dos outros já não era tão ruim assim, kkkkk tá vendo? Questão de hábito.

Bem, aos pouquinhos, vou me inteirando das comidas, das coisas e das pessoas, no momento tudo ainda é novidade, um misto de angústia e prazer pela nova escolha de vida. Mas só o tempo trará as respostas de que preciso!

Bj

Guilherme vai falar ainda mais!

Oi gente meu blog não é especificamente sobre imigração, porém nesse momento “adaptação” fica difícil ver alguma coisa que não seja novidades daqui do Canadá. Peço paciência um pouco mais.

Sei que criança aprende rápido, (rápido mesmo) nunca tive dúvidas quanto a imigrar com criança pequena, pois sei que elas aprendem e se adaptam muito mais rápido que nós. Costumava dizer no BR que sentia pena de mim, pois iria sofrer com a mudança, já o Guilherme que nem 3 anos tem ia tirar de letra.

Pois bem, a prova disso vou contar agora: Durante esses primeiros 5 dias eu estou saindo com ele, pra tudo que é lugar, pois tenho vários órgãos pra ir, vários documentos pra retirar, solicitar, enfim... O tempo inteiro falando: bonjour, salut, bonne jounée, merci... E hoje no final do dia, o que foi que saiu da boca dele, quando estávamos saindo do hotel e ele encontrou o rapaz na recepção? Pois é, exatamente isso. Bonjour, bonne jounée!!! (Na maior simplicidade e desprendimento).

Eu e o pai ficamos espantados, saber que a criança aprende rápido é bem diferente de presenciar seu filho com 5 dias em um país diferente (mesmo q inconscientemente) entender que ao entrar ou sair de um determinado lugar é educado falar alguma palavrinha diferente... ou sei lá eu o que passa na cabeça dele?!?!?!?!?  Talvez ele ache que seja apenas uma palavra mágica que falamos ao encontrar pessoas q não conhecemos... kkkk não sei... mas o legal foi vê-lo falar antes mesmo que pudesse abrir minha boca.

Gente, pelo amor de Deus, meu filho não fala francês (pelo menos ainda não, eu sei disso) ele ainda se entedia com as conversas que não entende e repete por cima da nossa fala, seu blá, blá, blá ou qualquer outro som que não sei escrever.

Mas que foi engraçado isso foi!!!!

Novidades, despedidas e chegada!!!

Oi gente faz um tempinho que não escrevo aqui, mas realmente não tive tempo, esses últimos meses e ainda a ultima semana só respirei porque é algo involuntário, caso contrário não teria tempo.Vou fazer um resumão e tentar colocar todos a par dos acontecimentos. Ok?

A despedida, geralmente é um troço muito estranho, a gente não sabe o que dizer muito menos o que fazer nessas horas, eu particularmente só chorava. E repetia a todo o momento, muito obrigada por tudo. Em SP, por exemplo, onde não tenho família muitos me acolheram muito bem ,não tenho do que reclamar. Conquistei amigos da igreja, do trabalho do Silvio, da escola do Gui, do condomínio, (a minha vizinha - essa foi um achado) e ainda os amigos que desde o comecinho estão juntos torcendo por nós, nunca morei em São Caetano, mas freqüentamos por muito tempo aquela cidade... Enfim, foi com todos eles, que me diverti, ensinei e principalmente aprendi, nunca esquecerei vcs.

Minha chegada foi boa, de uma forma geral posso afirmar isso. Fiz a imigração e passei pelo landing, pois são coisas diferentes e ambos os agente não falava francês, espanhol então, nem pensar. Esse ponto achei negativo da cidade, (não vim pra Québec cheia de manias e querendo q tudo gire em torno do que eu acho que é certo, pelo contrário vim e quero aprender tudo de bom e novo) o Canadá é o primeiro país oficialmente bilíngüe, e como no aeroporto de Toronto onde todos os vôos passam por lá as  pessoas só falam inglês???

Descobri no aeroporto mesmo, que uma das brigas de Québec com o resto do país é justamente essa, se a língua francesa não pode ser esquecida, porque não trabalhar com gente que fale os dois idiomas tidos como oficiais. Pois bem, na imigração o oficial falou em inglês e quando descobriu que não entendia patavina, ficou bravo, bravo mesmo.

Eu?? Nem liguei, ele não pode me mandar voltar, não na qualidade de imigrante, kkkk... Então, fiquei bem tranqüila, tentei saber o que ele queria e se ele quisesse fazer alguma pergunta que fizesse em Francês, estava ali pra isso. Como não conseguiu me mandou seguir. Uma das exigências do processo pra Quebéc é falar Frances portanto, fiz minha parte o governo que faça a deles, né?

No landing (confirmação da residência permanente) foi a mesma coisa, a diferença foi o oficial este foi bem mais educado,até procurou alguém para falar em Francês comigo, mas não achando resolveu usar o poder da mímica, no final tudo deu certo. Esse foi bem mais gentil. O que não gosto é grosseria, sou imigrante sim, mas educação é bom em qualquer lugar do mundo.

As malas? Um capítulo a parte. Ficou claro que não conseguiria sair de uma andar, para o outro e ainda caminhar uma distância considerável, com 4 malas, 2 bagagens de mão e o Guilherme. Paguei um serviço no aeroporto que resolveu meu problema em questão de minutos. Adorei!!!! Pagaria até o dobro. Não que seja barato, mas estou em uma fase de resolução de problema de uma forma bem prática.

A chegada foi bem, tirando o cansaço, e o fato do Gui não parar um minuto enquanto acordado. Depois do reencontro com o marido, o Guilherme correr para o pai e falar: “pai, estou morrendo de daudade” rsrsrs, fomos para o hotel e fui dormir. Isso mesmo nem comer eu queria, meus pés estão cansados até agora!!Tentarei contar as novidades aos poucos, Bj e saudades sempre.

Desapego

Falar é fácil! Sabemos que não podemos nos apegar as coisas materiais, porém vivenciar esse período de desprendimento é um tanto quanto complicado. Hoje estou passando por um processo de reciclagem e de mudança, (literalmente mudança), e com isso várias coisas que gosto e curto não posso levar, seja porque não posso, ou não cabe, ou não dá, ou ainda não me fará falta, apesar de curtir bastante.

A cada etapa de nossas vidas juntamos os famosos “cacarecos”, e nunca, nunquinha revisamos e nos reorganizamos, somente quando estamos em um processo de mudança percebemos que o novo local não cabe aquele objeto, e, portanto fazemos a verdadeira limpa.

Sinceramente, não sou tão apegada assim, porém ver tudo que construímos sendo deixado pra trás não é nada fácil... Não estou apenas me livrando de roupas, que não servem mais, ou ainda exercitando minha doação, estou deixando a minha casa com parte de minha história onde juntei todas essas coisas durante bons e felizes anos. Cada objeto que construímos houve um momento e/ou uma situação para a sua existência.

O que nos conforta é saber que essa história ficará apenas em nossas lembranças e que construiremos outras tantas, com tudo que temos direito até os cacarecos, rsrsrsrs...Tudo isso, não vai me fazer ficar depressiva, muito menos me entristecer, pois algo de novo já está acontecendo e prometo exercitar esse desapego com mais freqüência. O ideal é sermos fortes e exercitar esse trabalho a cada instante, pois o objetivo maior é de tempo em tempo não juntar tralhas, coisas inúteis, cacarecos, seja lá o que for, mas sim, juntar idéias, valores emocionais, culturais, lembranças que nunca, em nenhum momento esqueceremos.

Até Logo!!!

Despedida é algo que dilacera o coração, geralmente ficamos em pedaços, é um nó na garganta que não desata. Sobrevivemos é claro, sem dúvida alguma... Mas até se recompor e se erguer novamente, demanda um pouco de tempo e de litros e litros de lágrimas. Essas então, definitivamente chegam aos olhos sem o nosso consentimento.

Sabe, o Pai, Filho e Espírito Santo um dependendo do outro? Ou ainda aquele tripé, que pra ficar de pé são necessários os três apoios? Hoje esse tripé está meio, digamos -“capenga”, a uma separação de vários e vários, e vários km. Contamos os dias para o reencontro, sofremos pela distância, e tentamos manter a rotina de sempre. Mas como manter uma rotina se a mesma foi alterada?

É... Ninguém falou que iria ser fácil. Saudade? É pouco diante do que estou sentindo. Eu costumo ouvir dos amigos que sou uma pessoa muito forte, uma mulher determinada, essas coisas... Pois bem, posso até ser isso tudo, mas só sou o que sou, porque sempre encontrei (nessa tal perna desse tal tripé que no momento está longe) a minha verdadeira base, minha fortaleza, o meu porto seguro. 

Despedida ???
Não.
Um até logo, cabe melhor na frase!
Saudade!

Família

Acabo de voltar de uma viagem de férias, onde pude conviver com muitos que sinto falta diariamente. A distância que por vezes ajuda, por outra também atrapalha, machuca e dói. A família é o maior bem que podemos ter, é a verdadeira felicidade. Rever todos eles foi maravilho, cada almoço, banho de piscina, encontros, passeios enfim, tudo foi aproveitado intensamente.

Levei meu pai ao museu da cidade (ainda bem que ele gostou), meu sogro não quis entrar na água do mar, contrariando a vontade dos filhos, quase presenciei o nascimento de mais um sobrinho, cheguei quando ele tinha um dia de vida, (essa foi por pouco!) sem contar do dia-a-dia com os outros, conversei e brinquei demais com meu irmão, tanta coisa que não dar para enumerar, como diz a propaganda “isso não tem preço”.

Tudo isso só valeu porque tanto eu, quanto o maridão fomos bem educados, valorizando, aprendendo e algumas vezes até ensinando o verdadeiro valor da família. Vivenciando, sofrendo e se alegrando de todas as novas e velhas conquistas. Adorei uma frase que li em algum lugar sobre o conceito de família sendo um conjunto de pessoas que se defendem em bloco e se atacam em particular. Brigas e/ou conflitos? Acho que fazem parte de uma boa e velha família?!

Como diz a canção, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais! É evidente que nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências nunca mudarão. Somos fruto de uma geração que fez de tudo para educar e criar os filhos com sabedoria, discernimento, ética e moral. Por isso, não tenho o que falar, a não ser: o meu muito obrigada, pai muito obrigada mãe, por todos os valores que recebi e aprendi com vocês. E que hoje tento fazer o mesmo com meu filho, construindo assim, mais uma família. 

Valor da Amizade

Quem são nossos amigos? E o que esperar deles? Sinceramente não sei, não tenho resposta. Mas posso garantir, que dos meus amigos, não tenho do que reclamar. Estão comigo sempre nas horas boas e ruins, momentos fáceis e difíceis.

Até aqueles que eu pensava ser apenas meros conhecidos, fazem a diferença quando a gente menos espera e detalhe, mais precisa. Em contra partida aqueles que a gente sempre acha que vai contar pra sempre, se perdem nas estradas da vida... É assim que funciona, às vezes não obedecem às mesmas regras.

A valorização da amizade a cada dia diminui e temos cada vez menos amigos, hoje percebo como é bom ter amigos... uma palavra, um carinho, a até um abraço já satisfaz e preenche um espaço vazio. É por eles e com eles que passamos boa parte dos nossos dias.

Agora sinto falta, dos amigos que estão longe, aqueles que matamos a saudade com ajuda da tecnologia. Foto, email, telefone são ferramentas importantes, nesse mundo rápido e louco que vivemos, realmente não sei como sobrevivíamos sem elas.

Pra vocês meus amigos muita sorte, saúde e paz. Sinto falta de cada um de vocês. Seja da minha terra natal, (AJU) ou da terra que me acolheu (SP). E espero que um dia possamos nos encontrar com mais freqüência.

bj saudades sempre!